Ainda não parece bem real. Depois de tanto tempo que fomos
dois, agora somos três. E já passou um mês!
Decidimos ter um bebé no final do ano passado. Nunca há uma
altura perfeita para tomar esta decisão. Foi uma coisa que sempre falámos e
tivemos como certa, mas sem definir um quando…
Mas terminado o prazo do meu implante, achámos que estava na
altura.
Não tínhamos, nem temos, as melhores condições financeiras,
mas temos o suficiente e acima de tudo, temos as condições afetivas!
Foi pim pam pum! Tirei o implante em janeiro e engravidámos
em fevereiro. Engravidámos, sim! A mim não me faz espécie incluir o homem neste
verbo. Foi uma decisão conjunta e foi feito e vivido em conjunto, por isso digo
engravidámos!
O tempo é mesmo relativo… Ainda há pouco me queixava que
nunca mais passava e que queria o Afonso nos braços… Agora parece que passou a
correr! Que ainda ontem soube que estava grávida, que fizemos a primeira
ecografia, que ouvimos o coraçãozinho do nosso príncipe a bater pela primeira
vez, que soubemos que era um menino…
E, de repente, já aqui está!
Parte de nós.
Tão lindo e perfeito.
E já com um mês!
Imaginámos tantas vezes como seria o nosso filho. O meu
nariz ou teu? Será loiro como tu ou carequinha como eu? Terá a veia
despassarada da mãe? A empatia do pai?
Agora que aqui está, não há comparação possível com o bebé
imaginado. É aquilo que sempre seria. Não podia ser de outra forma. Sinto como
se sempre o tivesse conhecido e agora me estivesse apenas a relembrar.
Esquisito, não?
E já não somos dois, somos três! E parece que sempre fomos…
It doesn’t
seem quite real yet. After all this time that we were two, now we are three.
And it has been a whole month!
We decided
to have a baby late last year. There is never a perfect time to make this
decision. It was something that we always talked about and we had for granted,
but without defining a time...
But with
the deadline of my birth control implant approaching, we felt it was time.
We didn’t
have (nor do we have it now) the best financial situation, but we have enough
and foremost, we have the emotional conditions!
It was pim
pam pum! I took the implant out in January and we got pregnant in February. Yes,
WE got pregnant! I really don’t mind to include the man in this verb. It was a
joint decision and was done and lived together, so I say WE!
Time really
is relative... Not long ago I was complaining that I wanted Afonso in my
arms... Now it seems that the pregnancy went by super fast! It seems that only
yesterday we found out I was pregnant, we did the first ultrasound, we heard
the little heart of our Prince for the first time, we found out he was a boy...
And
suddenly, here he is!
Part of us.
So
beautiful and perfect.
And already
one month old!
So often
did we imagined how our son would be. My nose or yours? Will he be blond like
you or bald like me? Will he have his mother's clumsiness? His father’s empathy?
Now that he’s
here, there is no comparison with the imagined baby. He is what he would always
be. He could not be otherwise. I feel as if I had always known him and now I’m
just remembering. Bizarre, right?
And we are
no longer two, we are three! And it seems that we have always been...
Minha querida, é mesmo incrível como o tempo passa. E esse mesmo tempo, enquanto esperamos, parece nao passar de tão lento e retardado e não viver à mesma velocidade ultra sónica que uma grávida parece constantemente viver: desejosa de tudo e ansiosa por nada, principalmente quando se é mãe e pai de primeira viagem.
ReplyDeleteContudo, como que num passo de mágica, com a chegada do nosso tão lindo e desejado bebé esse mesmo tempo revoluciona-se: ele reformula-se, acelera de tal modo, que os dias parecem ( e são, muitas vezes...) pegados às noites sem descanso, ele pára apenas para o nosso rebento e, quando damos por nós estamos a gritar ao mundo e a nós próprias: Credo, o meu Afonso já tem um mês. Parabéns meu doce, estás a viver perfeitamente o mundo maravilhoso da maternidade. Essa é a prova!
continua a deliciar-me com os teus textos e a motivares-me a escrever também. Beijinhos aos papás e, claro, ao bonequinho lindo, Afonso.
Beijos com muito carinho,
Moky