Saturday, 28 November 2015

Há um mês que somos três | We’ve been three for a month



Ainda não parece bem real. Depois de tanto tempo que fomos dois, agora somos três. E já passou um mês!

Decidimos ter um bebé no final do ano passado. Nunca há uma altura perfeita para tomar esta decisão. Foi uma coisa que sempre falámos e tivemos como certa, mas sem definir um quando…

Mas terminado o prazo do meu implante, achámos que estava na altura.
Não tínhamos, nem temos, as melhores condições financeiras, mas temos o suficiente e acima de tudo, temos as condições afetivas!

Foi pim pam pum! Tirei o implante em janeiro e engravidámos em fevereiro. Engravidámos, sim! A mim não me faz espécie incluir o homem neste verbo. Foi uma decisão conjunta e foi feito e vivido em conjunto, por isso digo engravidámos!

O tempo é mesmo relativo… Ainda há pouco me queixava que nunca mais passava e que queria o Afonso nos braços… Agora parece que passou a correr! Que ainda ontem soube que estava grávida, que fizemos a primeira ecografia, que ouvimos o coraçãozinho do nosso príncipe a bater pela primeira vez, que soubemos que era um menino…

E, de repente, já aqui está!

Parte de nós.

Tão lindo e perfeito.

E já com um mês!

Imaginámos tantas vezes como seria o nosso filho. O meu nariz ou teu? Será loiro como tu ou carequinha como eu? Terá a veia despassarada da mãe? A empatia do pai?

Agora que aqui está, não há comparação possível com o bebé imaginado. É aquilo que sempre seria. Não podia ser de outra forma. Sinto como se sempre o tivesse conhecido e agora me estivesse apenas a relembrar. Esquisito, não?

E já não somos dois, somos três! E parece que sempre fomos…


It doesn’t seem quite real yet. After all this time that we were two, now we are three. And it has been a whole month!

We decided to have a baby late last year. There is never a perfect time to make this decision. It was something that we always talked about and we had for granted, but without defining a time...

But with the deadline of my birth control implant approaching, we felt it was time.

We didn’t have (nor do we have it now) the best financial situation, but we have enough and foremost, we have the emotional conditions!

It was pim pam pum! I took the implant out in January and we got pregnant in February. Yes, WE got pregnant! I really don’t mind to include the man in this verb. It was a joint decision and was done and lived together, so I say WE!

Time really is relative... Not long ago I was complaining that I wanted Afonso in my arms... Now it seems that the pregnancy went by super fast! It seems that only yesterday we found out I was pregnant, we did the first ultrasound, we heard the little heart of our Prince for the first time, we found out he was a boy...

And suddenly, here he is!

Part of us.

So beautiful and perfect.

And already one month old!

So often did we imagined how our son would be. My nose or yours? Will he be blond like you or bald like me? Will he have his mother's clumsiness? His father’s empathy?

Now that he’s here, there is no comparison with the imagined baby. He is what he would always be. He could not be otherwise. I feel as if I had always known him and now I’m just remembering. Bizarre, right?


And we are no longer two, we are three! And it seems that we have always been...

1 comment:

  1. Minha querida, é mesmo incrível como o tempo passa. E esse mesmo tempo, enquanto esperamos, parece nao passar de tão lento e retardado e não viver à mesma velocidade ultra sónica que uma grávida parece constantemente viver: desejosa de tudo e ansiosa por nada, principalmente quando se é mãe e pai de primeira viagem.
    Contudo, como que num passo de mágica, com a chegada do nosso tão lindo e desejado bebé esse mesmo tempo revoluciona-se: ele reformula-se, acelera de tal modo, que os dias parecem ( e são, muitas vezes...) pegados às noites sem descanso, ele pára apenas para o nosso rebento e, quando damos por nós estamos a gritar ao mundo e a nós próprias: Credo, o meu Afonso já tem um mês. Parabéns meu doce, estás a viver perfeitamente o mundo maravilhoso da maternidade. Essa é a prova!
    continua a deliciar-me com os teus textos e a motivares-me a escrever também. Beijinhos aos papás e, claro, ao bonequinho lindo, Afonso.
    Beijos com muito carinho,
    Moky

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